Uma Europa competitiva precisa de redes de eletricidade modernizadas

A competitividade exige segurança energética, crescimento econômico e uma transição econômica para uma economia com zero de emissões líquidas.

"Para conseguir tudo isso, é necessário ter uma rede elétrica moderna e ampliada. Em toda a UE, a infraestrutura de rede desatualizada, os atrasos no planejamento e a inércia política estão impedindo o progresso. Se quisermos realmente cumprir as metas climáticas, aumentar a competitividade e garantir energia renovável a preços acessíveis, o investimento na rede deve ser uma prioridade política", enfatizou Sean Kelly, eurodeputado, negociador do Grupo PPE no relatório sobre as redes de eletricidade, que foi votado hoje na Comissão de Indústria, Pesquisa e Energia do Parlamento.

O relatório aborda a necessidade de modernizar e expandir a rede para atender aos desafios futuros de oferta e demanda e garantir a competitividade da UE. "A rede elétrica da Europa é, em grande parte, uma relíquia do século XX, projetada para uma economia centralizada movida a combustíveis fósseis. Hoje, nosso sistema de energia deve integrar grandes volumes de energias renováveis descentralizadas e variáveis e, ao mesmo tempo, acomodar a crescente demanda de eletricidade de indústrias, bombas de calor, veículos elétricos e centros de dados. Para manter o ritmo, precisamos de uma grande atualização das redes de transmissão e distribuição", destacou Kelly.

O Grupo PPE assegurou que o relatório destaca a necessidade de fabricação europeia de componentes de rede e a visibilidade de longo prazo para que o setor planeje investimentos, reduza os gargalos de produção e evite atrasos na entrega. O Grupo PPE também apela à Comissão e aos Estados-Membros para que aumentem significativamente a dotação orçamentária do Mecanismo Interligar a Europa para a Energia (CEF-E) e a porcentagem de fundos do orçamento de longo prazo da UE (MFF) dedicada à infraestrutura de eletricidade como um recurso adequado separado ao propor o próximo MFF.

"Precisamos nos conscientizar da urgência do desenvolvimento da rede. A próxima década determinará se construiremos uma Europa competitiva, com zero de emissões líquidas, ou se ficaremos atrás dos concorrentes globais", concluiu Kelly.