Acordo alcançado para fechar a torneira do petróleo e gás russos

O Parlamento Europeu e os estados-membros da UE chegaram a um acordo para eliminar gradualmente o gás, o GNL, o petróleo e os produtos petrolíferos russos, fortalecendo a proposta REPowerEU da Comissão Europeia e fechando as principais brechas para evitar a evasão.

"O acordo desta noite envia uma mensagem clara e poderosa: A Europa nunca mais será dependente do gás russo. Essa é uma conquista importante e um ponto de virada histórico em nossa política energética. O Parlamento Europeu adotou uma posição excepcionalmente firme e sólida, fortalecendo significativamente a proposta da Comissão. É claro que o resultado é um compromisso, pois tivemos que levar em conta os interesses dos Estados-Membros, mas a direção é clara. A Europa pagou à Rússia mais pela energia do que forneceu à Ucrânia em apoio. Cada dia que a Europa continua comprando energia russa significa vidas perdidas na Ucrânia", diz Inese Vaidere MEP, negociadora líder do Parlamento Europeu para o comitê de Comércio Internacional.

O acordo introduz uma isenção de autorização prévia para as importações de gás, um monitoramento mais rigoroso (inclusive sobre as frotas clandestinas) e penalidades máximas eficazes e harmonizadas. Novos contratos de energia russa serão proibidos a partir do início de 2026.

"A eliminação gradual do gás russo é uma questão de segurança, soberania e valores europeus compartilhados. A Europa está tomando uma medida deliberada e responsável para acabar com essa dependência de uma forma que fortaleça nossa resiliência energética e mantenha a acessibilidade para as famílias e a indústria. Para garantir que a eliminação gradual seja eficaz, o acordo prevê verificações rigorosas de origem e propriedade, bem como um monitoramento aprimorado para fechar rotas indiretas e brechas. Ao mesmo tempo, projetamos a estrutura para permanecer operacional para fornecedores alternativos, limitando os encargos administrativos e mantendo os procedimentos proporcionais. Essa abordagem reforça os interesses estratégicos da Europa e demonstra nossa determinação em apoiar o povo ucraniano", acrescenta Andrea Wechsler, eurodeputada e negociadora do Grupo PPE para o comitê de Indústria, Pesquisa e Energia.