Feche a torneira do petróleo e do gás russos a partir de 1º de janeiro

A Europa está tomando medidas enérgicas para reduzir sua dependência da energia russa. Hoje, a Comissão Mista de Comércio Internacional e a Comissão de Indústria, Pesquisa e Energia do Parlamento Europeu apoiaram a proibição total das importações de gás e petróleo da Rússia e aprovaram o início das negociações com os Estados-Membros da UE.

"Estou satisfeito com o amplo apoio dos meus colegas a essa importante proposta, que prevê a proibição de todas as importações de petróleo e gás da Rússia para a UE a partir de 1º de janeiro de 2026. Reforçamos a proposta de lei inicial da Comissão Europeia, incluindo o petróleo e seus produtos, encerrando os contratos de longo prazo um ano antes - a partir de 1º de janeiro de 2027 - e acrescentando penalidades por descumprimento e eliminando exceções para a Eslováquia e a Hungria", disse Inese Vaidere MEP, negociadora do Parlamento sobre as regras no Comitê de Comércio Internacional.

Ao contrário das sanções, que precisam ser renovadas a cada seis meses, a proibição de importação é aprovada pelo Parlamento e por uma maioria qualificada de estados-membros e permanecerá em vigor indefinidamente. "Neste momento, a Rússia não pode ser vista como um parceiro energético confiável", disse Vaidere. "Cada euro pago à Rússia ajuda a financiar suas forças armadas. Desde o início da guerra, os países da UE pagaram mais de 210 bilhões de euros pela energia fóssil russa - quase tanto quanto a Rússia gastou no conflito."

"A REPowerEU não se trata apenas de cortar o gás russo - trata-se de fortalecer a independência energética da Europa e defender nossos valores. Isso só funciona se a aplicação for confiável e consistente: com controles rígidos, cooperação genuína entre os Estados-Membros e as instituições da UE e total responsabilidade. Nossa proposta garante exatamente isso: segurança jurídica para as empresas, menos burocracia e regras que fecham brechas como as frotas clandestinas e as importações indiretas. Introduzimos um regime de autorização baseado em riscos, com comprovação de origem e transparência onde for mais importante. Ao reforçar a aplicação e, ao mesmo tempo, manter a clareza jurídica, protegemos tanto a nossa segurança energética quanto a credibilidade da política da UE", continua Andrea Wechsler, eurodeputada, negociadora do Grupo PPE no Comitê de Indústria, Pesquisa e Energia.

As regras abrangem gás, GNL, petróleo e produtos petrolíferos. Os Estados-Membros agora negociarão a finalização do acordo para que ele possa entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026.