Securitização: De veneno a remédio para a competitividade da Europa

O Grupo PPE quer um mercado de titularização simplificado e bem regulamentado para impulsionar a competitividade da Europa sem afogá-la em burocracia.

Hoje, a Comissão Europeia apresentou sua proposta para reformular a estrutura de securitização da UE. A securitização agrupa empréstimos individuais em instrumentos negociáveis, liberando, assim, capital nos balanços patrimoniais dos bancos. Esse é um elemento importante da União dos Mercados de Capitais, que ajuda a fornecer liquidez às nossas empresas europeias e a tornar a Europa mais competitiva. O deputado Markus Ferber, coordenador do Grupo do PPE na Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu, explicou:

"Mercados de capital que funcionam bem mobilizam a poupança privada, financiam a inovação e constroem uma infraestrutura resiliente. A securitização pode ter uma má reputação, mas pode ser uma ferramenta crucial para o avanço dos mercados de capitais europeus. A securitização abre novos canais de financiamento, reduz os custos de empréstimos e apóia o crescimento de longo prazo. Pode ter sido considerada um veneno no passado, mas isso foi há mais de 15 anos e em um contexto completamente diferente. Ela pode ser um remédio para a competitividade da Europa, se for adequadamente conduzida e regulamentada.

Os mercados europeus de securitização entraram em colapso devido à legislação mal elaborada. Os mercados da UE são uma fração dos mercados dos EUA, o que representa uma desvantagem competitiva. Se não modernizarmos nossa estrutura de securitização, corremos o risco de deixar bilhões de euros ociosos à margem do mercado.

Saúdo a decisão da Comissão de atacar de frente as deficiências do sistema atual: precisamos de encargos de capital mais sensíveis ao risco e procedimentos simplificados.
Temos que acertar desta vez. A proposta da Comissão contém alguns elementos que podem criar uma burocracia mais pesada que poderia sufocar o renascimento do mercado em vez de promovê-lo. A complexidade é inimiga da competitividade. A complexidade é inimiga da competitividade. Não podemos permitir que uma enxurrada de novas definições e obrigações de relatórios acabe com o próprio mercado que buscamos construir."