A UE deve ratificar a Convenção de Istambul para proteger mulheres e meninas

"Devemos fazer o máximo que pudermos para prevenir a violência de gênero, proteger as vítimas e punir os agressores", disse Arba Kokalari, deputada do Parlamento Europeu, enfatizando que é hora de a UE ratificar a Convenção de Istambul.

Hoje, as Comissões de Direitos da Mulher e de Liberdades Civis do Parlamento Europeu adotaram seu relatório provisório sobre o progresso alcançado, solicitando a ratificação em toda a UE da chamada Convenção de Istambul, que é o primeiro tratado internacional juridicamente vinculativo e um padrão ouro para prevenir e combater a violência contra a mulher.

Na UE, uma em cada três mulheres já sofreu violência física e/ou sexual desde os 15 anos de idade, sendo que mais da metade de todas as mulheres já foi assediada sexualmente. Em quase um em cada cinco casos de violência contra a mulher, o agressor é um parceiro íntimo.

"A Convenção de Istambul é um passo importante em direção a uma resposta abrangente e harmonizada para garantir uma vida livre de violência para todas as mulheres e meninas em toda a Europa e fora dela", disse Elissavet Vozemberg-Vriondi MEP, membro do Comitê de Liberdades Civis do Parlamento. "A tolerância zero para todas as formas de violência e a ratificação imediata da Convenção de Istambul por todos os Estados-Membros e pela UE é a chave para eliminar a violência de gênero", acrescentou.

"Estou feliz que o relatório tenha recebido um apoio tão incrível no comitê hoje", destacou Arba Kokalari, acrescentando: "Depois de quase dez anos de pressão do Parlamento Europeu, há agora uma janela de oportunidade para combater a violência contra as mulheres, que afeta até um terço de todas as mulheres na Europa."

"Espero que nosso relatório, o sinal verde do Tribunal de Justiça Europeu e as ambições da Presidência sueca aumentem as chances de a UE finalmente ratificar a Convenção de Istambul", concluiu.