Programa da Comissão 2026: das apresentações aos resultados Estrasburgo

O chefe da delegação do PSD no Parlamento Europeu, Paulo Cunha, defendeu que o programa de trabalho da Comissão Europeia para 2026 deve ser transformado em ações que se traduzam em benefícios diretos para os cidadãos. O Eurodeputado alertou para o declínio da base industrial e a necessidade de revitalizar o Mercado Único, garantindo preços de energia acessíveis e segurança na habitação. 

O chefe da delegação do PSD (PPE) no Parlamento Europeu, Paulo Cunha, participou esta terça-feira, em Estrasburgo, no debate sobre o programa de trabalho da Comissão para 2026, onde sublinhou a importância de passar das "apresentações aos resultados" práticos para as famílias e empresas europeias. 

Na sua intervenção, Paulo Cunha exigiu "uma Europa mais competitiva, que aposte em inovação e que não se conforme com o declínio da nossa base industrial”. Para o Eurodeputado, a competitividade é crucial:“não é um conceito abstrato, mas sim a diferença entre uma Europa que lidera e uma Europa que assiste”.

Para alcançar essa liderança, o representante do PSD destacou a revitalização do Mercado Único como uma “prioridade absoluta”, visando reduzir as “barreiras administrativas” para as pequenas e médias empresas e aumentar a previsibilidade.

Paulo Cunha recordou ainda o relatório de Mário Draghi sobre a competitividade europeia, alertando para os custos das barreiras internas que "equivalem a tarifas de 45% para a indústria e 110% para os serviços. Tarifas que lamentavelmente impomos a nós próprios”

O Eurodeputado chamou a atenção para a urgência de “garantir preços acessíveis e estáveis” no setor energético, apelando ao reforço redes e interligações e à segurança para quem aposta nas renováveis e na modernização. Medidas que, segundo Paulo Cunha, são essenciais para “baixar faturas, reduzir riscos externos e criar emprego qualificado”.

Em jeito de conclusão, o chefe da delegação do PSD no Parlamento Europeu lançou o desafio: “A União Europeia tem de ser mais prática do que programática, mais útil no dia-a-dia das pessoas e só o será se resolver os problemas.”, apontando também a habitação como um tema onde a UE tem oportunidade de demostrar a sua utilidade, contribuindo praa que os europeus tenham “casas mais acessíveis”.