Reverter os cortes no orçamento de 2024 propostos pelos Estados-Membros da UE

O Grupo PPE quer reverter os cortes feitos pelos Estados-Membros e, em vez disso, propor um orçamento da UE para 2024 que "apoie adequadamente todas as prioridades da UE que precisam de reforço, como pesquisa, inovação e bolsas Erasmus +", disse o negociador principal do Parlamento, Siegfried Mureşan, antes da votação de quarta-feira sobre a posição do Parlamento sobre o orçamento da UE para o próximo ano.

"O Parlamento tem trabalhado para oferecer soluções para os erros que o Conselho cometeu em sua proposta para o orçamento da UE do próximo ano. É importante restaurar os fundos em todas as rubricas cortadas pelo Conselho. Esses cortes contradizem os compromissos e as prioridades da União e não se justificam", disse o deputado Mureşan.

"São propostos aumentos nas dotações orçamentárias para a vizinhança oriental e para enfrentar as consequências da agressão russa na Ucrânia, incluindo o reforço financeiro dos corredores de solidariedade da UE. Também queremos fornecer financiamento adequado para nossas prioridades tradicionais, como a agricultura, com maior apoio aos jovens agricultores.

"Queremos eliminar a rubrica orçamentária dedicada ao pagamento da taxa de juros gerada pelo fundo de recuperação da UE, o NextgenerationEU. Ela deve ser colocada em um novo instrumento especial, além dos limites máximos do orçamento de longo prazo, o Quadro Financeiro Plurianual. Estamos certos de que o custo dessa dívida deve estar fora da estrutura do orçamento da UE, para que não represente um risco para outros programas de financiamento.

"Por fim, estamos solicitando à Comissão Europeia que reavalie todos os fundos da UE alocados para a Palestina. Precisamos ter uma avaliação atualizada de cada euro do orçamento da UE que chega à região. No entanto, nossa posição é clara: devemos continuar a ajuda humanitária na região, especialmente para os refugiados palestinos na Jordânia e no Líbano", acrescentou Mureşan.

Após a votação plenária de amanhã, as negociações entre o Parlamento e os Estados-Membros devem começar em um esforço para chegar a um acordo sobre o orçamento da UE para o próximo ano.