Deixe os agricultores trabalharem, não corte os fundos

Com a aprovação de hoje do relatório do Parlamento sobre o futuro da agricultura europeia, o Grupo PPE reafirma seu compromisso com os agricultores e com uma Política Agrícola Comum (PAC) forte e moderna.

No entanto, isso está em risco devido à proposta da Comissão Europeia para o próximo orçamento de longo prazo da UE, apresentada em julho. O projeto da Comissão deixa a PAC de lado, corta recursos e dilui sua identidade distinta ao fundi-la com outros instrumentos.

"Da forma como está agora, a Política Agrícola Comum corre o risco de ser deixada de lado no orçamento de longo prazo da UE. Isso é inaceitável, e lutaremos para que ela seja reescrita. Queremos ver nossos agricultores fortes e bem financiados", disse Carmen Crespo Díaz, membro do Parlamento Europeu e principal negociadora sobre o futuro da agricultura.

"Para o Grupo do PPE, a mensagem é simples: reduzir a burocracia, diminuir o ônus e deixar os agricultores trabalharem. Simplificar, simplificar, simplificar! Os agricultores enfrentam uma concorrência crescente e choques econômicos. Não é justo esperar que eles cultivem mais alimentos com menos danos ao meio ambiente e ainda concorram com importações baratas, como grãos de baixo custo vindos do exterior, sem qualquer ajuda", acrescentou Crespo Díaz.

"Uma PAC justa deve permanecer verdadeiramente comum - ela deve proteger os pagamentos diretos aos agricultores, impulsionar a inovação e a renovação geracional e garantir condições de mercado justas. Isso significa que não haverá cortes, nem nacionalização da PAC, nem tentativas de fundir seu financiamento com outros programas da UE", enfatizou.

"Queremos que os agricultores usem novas tecnologias para melhorar a produtividade, a sustentabilidade e a inovação. Agora, muitas regras os estão impedindo. Por exemplo, uma fazenda familiar de hortaliças passa meses enfrentando obstáculos burocráticos para obter a aprovação da certificação orgânica, o que atrasa sua capacidade de vender a preços mais altos. Essa é a mudança que queremos na PAC - progresso real", concluiu Crespo Díaz.