Não deixe que o crime organizado roube o dinheiro da UE

A Europol estima que 40 a 60 bilhões de euros são perdidos anualmente para grupos do crime organizado por meio de fraudes no imposto sobre valor agregado. Isso também é uma preocupação séria para o orçamento da UE, que em parte vem de contribuições baseadas em impostos sobre o valor agregado. O eurodeputado Tomáš Zdechovský conduziu um relatório sobre o impacto do crime organizado nos recursos da UE e sobre o uso indevido de fundos da UE no Parlamento, que deverá ser aprovado esta semana.

"O crime organizado é uma questão de grande preocupação na União Europeia, com efeitos sobre as estruturas sociais, políticas, econômicas, financeiras, empresariais e administrativas dos nossos Estados-Membros. Quando olhamos para o orçamento da UE, a fraude no imposto sobre o valor agregado, a fraude na política agrícola comum, as licitações públicas fraudulentas e as estruturas oligárquicas são particularmente preocupantes", afirmou Zdechovský, que é o porta-voz do Grupo PPE para o controle orçamentário.

"A Comissão Europeia e as autoridades dos Estados-Membros da UE ainda não têm uma compreensão suficiente do escopo, da natureza e das causas do crime e do comportamento fraudulento em relação ao orçamento da UE. Precisamos de melhores dados, melhor cooperação entre as autoridades e maior conscientização sobre o problema. A adoção da Diretiva relativa à luta contra a fraude aos interesses financeiros da União (Diretiva PIF) e a criação do Ministério Público Europeu já foram passos de grande importância. Mas precisamos de um uso mais coerente de todos os recursos disponíveis para proteger efetivamente o orçamento da UE contra o crime, e exigimos mais ações dos Estados-Membros para recuperar também os fundos que foram mal utilizados. O Grupo do PPE continuará a fazer da proteção do orçamento da UE uma prioridade", acrescentou Zdechovský.

O relatório de Zdechovský será debatido esta tarde pelo plenário do Parlamento Europeu e votado na quarta-feira.