Grupo do PPE apresenta novo plano para colocar a saúde no topo da agenda da UE

Um grande impulso para desenvolver uma vacina contra a COVID-19, um plano para garantir o acesso dos europeus a ela, investimentos para reduzir as diferenças de qualidade entre hospitais e infraestrutura de saúde em toda a Europa, um plano diretor contra o câncer e a redução do IVA para frutas e legumes. Essas e outras medidas fazem parte do plano que o Grupo do PPE no Parlamento Europeu adotou hoje para colocar a saúde no topo da agenda da UE.

"Estamos muito preocupados com o fato de os Estados Unidos terem comprado quase todo o estoque mundial do medicamento Remdesivir, que é um tratamento promissor para a COVID-19. Devemos fazer todos os esforços necessários para que os pacientes europeus tenham acesso a terapias contra a COVID-19", disse Peter Liese, eurodeputado e porta-voz do Grupo PPE para a Saúde.

"Estou em contato direto com a empresa que produz o Remdesivir e disse a eles que devem ser justos com os pacientes europeus se quiserem ter um bom relacionamento com a União Europeia, também no futuro para seus outros medicamentos", continuou Liese.

O Grupo EPP pede diálogo e cooperação no caso de uma vacina ou um tratamento ser desenvolvido pela primeira vez fora da Europa. Mas também propõe o uso do chamado licenciamento forçado ou compulsório, caso os produtores não queiram disponibilizá-lo na Europa.

O documento de política do Grupo PPE também solicita padrões comuns da UE para coleta e análise de dados de saúde, novas medidas para trazer a produção farmacêutica de volta à UE e para estocar medicamentos importantes que salvam vidas na Europa.

Para esses planos, é necessário um aumento importante no financiamento da saúde no novo orçamento de longo prazo da UE. Em resposta a uma iniciativa do Grupo PPE, a Comissão Europeia já criou o programa Health4EU e anunciou um aumento no orçamento da saúde de 413 milhões de euros em 2018 para 9,4 bilhões em 2020.

Outra iniciativa seria a redução do uso de antibióticos em humanos e animais em toda a Europa para responder ao problema crescente da resistência a antibióticos. De acordo com dados da OMS, 33.000 pessoas morrem na Europa todos os anos porque os antibióticos não funcionam mais.

Você pode ler o texto completo do documento de posicionamento do Grupo do PPE sobre saúde aqui.