A Europa deve se opor aos agressores comerciais

"A abertura da UE é nossa maior fonte de prosperidade. Mas não podemos permitir que essa abertura seja usada para nos chantagear ou para restringir nosso espaço político. A Europa deve se opor aos agressores comerciais. Há dez anos, esse instrumento seria impensável, mas hoje ele se tornou uma necessidade ditada pelo armamento do comércio", disse Christophe Hansen, eurodeputado e porta-voz do Grupo PPE para a política comercial internacional. Hoje, a Comissão Europeia propõe uma nova legislação para sancionar indivíduos, empresas e países estrangeiros pelo departamento comercial da Comissão sem a necessidade de uma decisão unânime dos Estados-Membros. O resultado seria uma ferramenta de defesa comercial mais rápida e mais eficaz do que nunca - o chamado Instrumento Anti-Coerção (ACI).

"O ACI é um mecanismo de defesa necessário e um poderoso impedimento em um mundo em que o armamento do comércio está se tornando cada vez mais predominante. Precisamos dele para nos proteger, para promover nossos interesses e para garantir a presença geopolítica da UE. Em última análise, ele pode nos ajudar a defender um ambiente comercial global aberto e multilateral", afirmou Anna Michelle Asimakopoulou, deputada do Parlamento Europeu, que negociará o Instrumento Anti-Coerção no Parlamento em nome do Grupo do PPE.

Hansen advertiu: "No entanto, não queremos que esse instrumento dê início a uma corrida armamentista no comércio global e fortaleça as tendências protecionistas. Ele deve ser, antes de tudo, um instrumento de dissuasão e permanecer totalmente alinhado com as regras da Organização Mundial do Comércio. Tampouco deve ser usado como um instrumento abrangente de política externa. Devem ser incorporadas salvaguardas suficientes para evitar o desvirtuamento da missão e para garantir que ela seja ativada apenas como último recurso, quando todas as outras vias estiverem fechadas e as consultas tiverem falhado."