Traga de volta as crianças roubadas por Putin

O Grupo PPE insta as instituições e os Estados-Membros da UE a fazerem tudo o que for necessário para trazer de volta as crianças ucranianas que foram sequestradas ou forçadas a deixar a Ucrânia em direção à Rússia pelos capangas de Putin. A UE também deve ajudar a estabelecer e reabilitar aqueles que retornaram.

"Pelo menos 20.000 crianças ucranianas foram deportadas à força para a Rússia ou realocadas em Belarus. Pedimos que a UE e as organizações humanitárias internacionais não apenas condenem as deportações forçadas e as tratem como parte da política genocida da Rússia, mas também intensifiquem seus esforços para trazer essas crianças de volta para suas famílias e garantir que elas recebam cuidados adequados", insiste Michaela Šojdrová, deputada do Parlamento Europeu, que iniciou o debate de hoje sobre a necessidade de a UE abordar urgentemente as preocupações das crianças ucranianas deportadas à força para a Rússia.

De acordo com os dados disponíveis, a Ucrânia conseguiu identificar 19.546 crianças ucranianas deportadas à força, 400 das quais a Ucrânia conseguiu trazer de volta. Como a Rússia iniciou as deportações já em 2014, estimativas conservadoras colocam o número de crianças deslocadas à força em 700.000. Sua permanência nos territórios da Rússia, Belarus e territórios temporariamente ocupados vem acompanhada de restrições e punições injustificadas. As crianças são proibidas de falar ucraniano e são forçadas a cantar o hino russo, ter aulas de história revisadas, participar de organizações juvenis paramilitares ou até mesmo se registrar em centros de recrutamento.

"A deportação ou o deslocamento forçado é um crime de guerra. Ao deportar crianças, a Rússia está cometendo genocídio e tentando privar a Ucrânia de seu futuro, assim como fez durante os piores expurgos stalinistas. Vamos dizer isso aqui também. Deveríamos criar uma equipe dedicada e um plano sustentável e bem financiado para ajudar a Ucrânia a identificar, devolver e reabilitar as crianças ucranianas deportadas", acrescenta Rasa Juknevičienė, eurodeputada e vice-presidente do Grupo do PPE responsável pelas Relações Exteriores.