A UE deve ajudar os bielorrussos que fogem de Lukashenka

Cinco anos após as eleições presidenciais roubadas que cimentaram a ditadura de Aliaksandr Lukashenka, o Grupo PPE recorda que numerosos testemunhos indicam que Sviatlana Tsikhanouskaya foi a legítima vencedora da votação. Em um debate em plenário e uma votação ainda hoje, o Grupo PPE renova seu apelo à libertação imediata de todos os presos políticos e insta a UE e seus Estados-Membros a tomar medidas concretas para ajudar os democratas bielorrussos nas prisões e no exílio.

"Para manter sua credibilidade internacional e autoridade moral, e para recuperar a confiança, a União Europeia deve se comprometer com esforços sérios e tangíveis no terreno, em vez de se envolver apenas em gestos simbólicos performativos", disse Ondrej Kolář MEP, porta-voz do Grupo PPE sobre a Bielorrússia. "Precisamos de medidas que permitam que aqueles que fogem da opressão do regime autoritário tenham uma vida decente no exterior, o que enfraqueceria e minaria esse regime. Caso contrário, corremos o risco de sermos ofuscados pelos enviados especiais dos EUA", continuou Kolář.

Kolář enfatizou que a UE deve exigir provas do paradeiro dos prisioneiros políticos, insistir em sua libertação e simplificar os procedimentos de visto e identidade. "Os estudantes e acadêmicos bielorrussos devem ter acesso mais fácil às universidades europeias, e devemos continuar apoiando a mídia bielorrussa independente na Lituânia e na Polônia - eles são fundamentais para minar o regime", acrescentou.

Na resolução, o Parlamento pede à Comissão Europeia e aos Estados-Membros que simplifiquem os procedimentos para vistos e autorizações de residência para os bielorrussos que fogem da repressão, adotem regras e procedimentos comuns para lidar com casos de apatridia e ajudem os bielorrussos cujos documentos de identidade estão expirando e não podem retornar com segurança à Bielorrússia para renová-los.

"Está claro que Lukashenka perdeu as eleições presidenciais em 2020 e em 2025. Ele sabe disso", insiste o eurodeputado Andrzej Halicki, vice-presidente do Grupo do PPE. "Ele tem responsabilidade pessoal pelo terror que desencadeou contra seu próprio povo e pelo destino dos prisioneiros políticos. Lukashenka será responsabilizado pessoalmente por todas as atrocidades cometidas perante o Tribunal Penal Internacional", enfatizou Halicki.