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18.03.2024 14:08
Putin não é presidente, essa votação não foi uma eleição
O Grupo PPE está pedindo aos Ministros das Relações Exteriores, reunidos hoje em Bruxelas, que declarem oficialmente que Vladimir Putin não é um presidente legítimo da Rússia e que a chamada eleição presidencial não tem qualquer legitimidade.
"A UE está preparando um novo pacote de sanções contra os envolvidos na morte de Alexei Navalny. Essa é a coisa certa a fazer, mas, além das sanções, os Estados-Membros da UE devem primeiro declarar oficialmente que não houve eleições na Rússia e que Vladimir Putin não pode ser considerado o líder do país. Vladimir Putin não é um presidente, e a votação não foi uma eleição", disse Rasa Juknevičienė MEP, vice-presidente do Grupo EPP responsável por assuntos externos.
"Os representantes da mídia em todo o mundo também devem estar cientes de que a divulgação dos resultados da votação, do alto índice de participação ou das pesquisas de boca de urna está apenas espalhando as mentiras do Kremlin. Não haverá escolha na Rússia enquanto os oponentes políticos de Vladimir Putin e aqueles que desejam viver suas vidas independentemente do Kremlin forem presos, assassinados ou forçados ao exílio. O procedimento que testemunhamos neste fim de semana foi apenas uma operação psicológica especial do Kremlin, realizada porque o regime tem medo da escolha real das pessoas", enfatizou Juknevičienė.
"A única diferença entre os ditadores do século XX e os do século XXI é que os ditadores do século XXI fingem ser apoiados pelos cidadãos. No século XX, sob o império soviético, Stalin não precisou de nenhuma eleição para permanecer no poder pelo tempo que quisesse. No século XXI, a era da restauração do império russo, Putin, por algum motivo, quer ter uma simulação de eleições, além de permanecer no poder pelo tempo que quiser", acrescenta Andrius Kubilius MEP, o principal membro do Parlamento Europeu sobre a Rússia.
"Não houve eleições presidenciais na Rússia e nenhum presidente foi eleito porque os russos não puderam fazer nenhuma escolha. Muito semelhante à chamada votação parlamentar em Belarus, em fevereiro deste ano. Discutir a legitimidade de Putin é semelhante a discutir a legitimidade de um chefe da máfia. Há apenas uma alternativa para a Rússia: ou um estado sem eleições e sem um presidente legítimo ou uma Rússia sem Putin. De agora em diante, podemos chamar Putin de muitas coisas: ditador, criminoso de guerra, chefe da máfia do Kremlin, mas não podemos chamá-lo de presidente", enfatiza Kubilius.
Notas aos editores
O Grupo PPE é o maior grupo político no Parlamento Europeu, composto por 178 deputados de todos os Estados Membros
Vice Presidente do Grupo do PPE
Presidente de Delegação interparlamentar
Assessor/a de imprensa para o grupo de trabalho dos Assuntos Externos. Imprensa Nacional, Comunicação Social Polaca. Conselheiro/a para a Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE
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