Please choose a delegation.
Select your country to follow your local MEPs' news:
The countries below don't publish content in your language. Select a country if you want to follow news in English or national language(s):
What are you looking for ?
27.06.2023 12:09
Paulo Rangel apela à união de esforços na Bósnia-Herzegovina numa altura em que a tensão aumenta na região
O alinhamento da Republika Srpska com o regime de Putin está a agravar a situação na Bósnia-Herzegovina. A visita do líder dos sérvios bósnios, Milorad Dodik, a Moscovo, tendo conferido a Putin uma distinção da entidade sérvio-bósnia, acrescentou mais tensão a uma região já muito fragilizada.
O relatório de Paulo Rangel apela, por isso, ao recurso a mecanismos europeus, como sanções ou a condicionalidade no acesso a fundos, para demover a retórica e políticas secessionistas e pró-russas da liderança da entidade sérvio-bósnia.
“A solidariedade e a cooperação são os únicos instrumentos disponíveis para enfrentar desafios e ameaças comuns. A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia acentuou este imperativo e abriu ainda mais a porta da UE a parceiros que realizem reformas e garantam um alinhamento transversal por políticas comuns. As mudanças tectónicas a nível geopolítico, social, tecnológico e ambiental não deixam margem para ambiguidades e hesitações.” afirma Paulo Rangel, relator permanente para a Bósnia-Herzegovina.
Este aumento de tensão na região surge depois de um período de avanços positivos resultantes das eleições de outubro de 2022. A formação de um governo nos diversos níveis de poder (Estado, Federação, Republika Srpska e cantões) permitiu ultrapassar bloqueios institucionais que há anos impediam o país de tomar decisões e levar a cabo as reformas necessárias à integração europeia.
A concessão à Bósnia-Herzegovina do estatuto de país candidato pelo Conselho Europeu em dezembro de 2022 foi um sinal claro por parte da União Europeia de uma nova dinâmica a favor da região e é uma oportunidade chave que a Bósnia tem de aproveitar.
Com a situação geopolítica radicalmente alterada pela invasão russa, a UE compreendeu que não pode deixar os Balcãs Ocidentais expostos à ingerência de potências estrangeiras, particularmente a Rússia de Putin.
Os países candidatos têm também, eles próprios, de levar por diante as reformas necessárias para avançar no caminho da integração europeia, ultrapassar divisões internas e étnicas, e rejeitar por completo alinhamentos com a Rússia, algo particularmente saliente no caso da Republika Srpska.
“Os dirigentes políticos do país devem abdicar do interesse pessoal e começar a trabalhar em benefício de todos os cidadãos da Bósnia-Herzegovina, com o objectivo final de concluir com êxito as tão necessárias reformas.” reforça o relator.
No relatório hoje aprovado, Paulo Rangel congratula-se com os esforços empreendidos pela sociedade civil independente, pelos meios de comunicação social, pelos funcionários públicos e pelos titulares de cargos políticos para que a Bósnia-Herzegovina se transforme num estado multicultural dinâmico e próspero. O Parlamento Europeu continua a apoiar convictamente a via europeia da Bósnia-Herzegovina, alicerçada na transformação democrática e no Estado de direito. A UE continuará a prestar apoio financeiro e técnico substancial para facilitar a transformação e os progressos do país.
Notas aos editores
O Grupo PPE é o maior grupo político no Parlamento Europeu, composto por 177 deputados de todos os Estados Membros
Relator
Head of National Press Unit. Press Officer for Conference on the Future of Europe. National Press, Portuguese Media