Nuno Melo pede debate com urgência no Parlamento Europeu sobre a situação de Moçambique

O Eurodeputado Nuno Melo solicitou, esta sexta-feira, um debate com urgência no Parlamento Europeu para discutir a situação vivida em Moçambique, onde um grupo ligado ao Estado Islâmico decapitou, há poucos dias, no Norte de Moçambique, mais de 50 pessoas.

A violência armada está a provocar uma crise humanitária que conta já com cerca de 2000 mortes e 435.000 pessoas deslocadas, sem habitação ou alimentação. De acordo com um relatório divulgado pela Amnistia Internacional em Outubro, a violência em Cabo Delgado já fez mais de 300 mil deslocados internos e há 712 mil moçambicanos a precisarem de ajuda humanitária.

O Governo Moçambicano pediu ajuda internacional para combater o terrorismo, numa situação que é considerada extremamente grave, tendo a Commonwealth pedido uma investigação, comunicado disponibilidade para fornecer apoio no combate ao terrorismo e assegurar o cumprimento dos direitos humanos naquela região.

Frisando a ligação histórica de Moçambique a um dos Estados-Membros da UE, Portugal, mas não esquecendo igualmente que se trata de um país membro da CPLP, o Deputado Nuno Melo considera que, além da Commonwealth, deve também a União Europeia tomar uma posição de firme condenação pela grave situação vivida do ponto de vista de segurança e do ponto de vista humanitário.

Lamentando a inércia do Governo Português nesta matéria, para além do pedido de um debate urgente no Parlamento Europeu, o Deputado Nuno Melo requereu ao Vice-Presidente da Comissão Europeia, o Comissário Margaritis Schinas, para que se associasse ao Parlamento Europeu no debate e condenação da situação vivida em Moçambique.

O Deputado considera ainda que o terrorismo islamita exige uma resposta firme e inegociável dos nossos valores enquanto Europeus e que União Europeia deve liderar a defesa dos direitos humanos e contribuir para a segurança daquela região.