Lídia Pereira defende que o fim do fornecimento de gás russo é uma decisão moral e estratégica

18.10.2025 11:24

Lídia Pereira defende que o fim do fornecimento de gás russo é uma decisão moral e estratégica

Aviso importante

Os pontos de vista aqui expressos são opiniões da delegação nacional e nem sempre reflectem as posições do Grupo parlamentar do PPE

Pipelines

A eurodeputada Lídia Pereira destacou a ambição do Parlamento Europeu em avançar com a proibição total das importações de gás russo até 2027, um ano antes da proposta inicial da Comissão Europeia, considerando tratar-se de um passo decisivo para a autonomia energética europeia, com fortes implicações morais, geopolíticas e económicas.

“Não é apenas uma decisão energética. É uma decisão moral e estratégica, que reforça a segurança e a autonomia da Europa. Não podemos continuar a financiar o esforço de guerra russo na Ucrânia, nem estar dependentes de potências hostis e instáveis para suprir necessidades energéticas”, afirmou a eurodeputada.

O plano europeu, impulsionado pelo Partido Popular Europeu (PPE), define o fim de todos os contratos de gás russo até janeiro de 2028, com uma meta política e estratégica em 2027, e inclui ainda um mecanismo de verificação da origem do gás e penalizações severas para evitar que empresas ou Estados contornem as sanções através de intermediários.

“Como disse a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, cada euro pago à Rússia é um euro que alimenta a guerra. Este é o momento de fechar a torneira”, acrescentou Lídia Pereira.

A eurodeputada do PSD destacou ainda que esta decisão acelera a transição energética europeia, com impacto direto na criação de emprego, na inovação e na competitividade, pois “a transição não é apenas ambiental, é geopolítica. É o caminho para uma Europa mais forte, mais segura e mais livre.”

No plano nacional, Portugal surge entre os oito Estados-Membros que ainda recebem gás russo, sobretudo sob a forma de gás natural liquefeito (GNL). Para Lídia Pereira, esta fase de eliminação gradual “deve ser encarada como uma oportunidade estratégica e Portugal deve olhar para esta meta de 2027 não como uma imposição, mas como uma oportunidade de liderança porque o Porto de Sines tem de afirmar-se como o grande ponto de entrada de gás e energia limpa na Europa.”

A eurodeputada do PSD recordou ainda que Portugal é um dos países mais avançados na transição energética, com 85,6% da eletricidade proveniente de fontes renováveis no segundo trimestre de 2025, e reafirmou o compromisso europeu de triplicar a capacidade renovável e duplicar a eficiência energética até 2030.

“O fim do gás russo é também um acelerador da transição verde. E Portugal tem condições únicas para liderar na energia solar, eólica e no hidrogénio verde. Sines será um dos pilares dessa nova Europa energética”, concluiu.

Notas aos editores

O Grupo PPE é o maior grupo político no Parlamento Europeu, composto por 188 deputados de todos os Estados Membros

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