“A fragilidade do cessar-fogo não nega a necessidade da paz”

21.10.2025 11:39

“A fragilidade do cessar-fogo não nega a necessidade da paz”

Aviso importante

Os pontos de vista aqui expressos são opiniões da delegação nacional e nem sempre reflectem as posições do Grupo parlamentar do PPE

General view of the Plenary Chamber during a plenary session in Brussels

Em Estrasburgo, no debate da sessão plenária sobre o acordo de paz em Gaza e do papel da União Europeia no Médio Oriente, o eurodeputado do PSD Sebastião Bugalho constatou que o plano de Donald Trump “não é uma vitória, mas é um avanço”.

Nas palavras de Bugalho, “a fragilidade do cessar-fogo não nega a necessidade da paz, e admitir a dificuldade da paz não nega o direito de Israel a existir nem o direito do povo palestiniano a mais do que sobreviver”. 

No plano apresentado, o presidente norte-americano reconhece a importância do respeito pela autodeterminação da Palestina e pelo papel das Nações Unidas, algo que só é possível, como sublinhou o deputado na sua intervenção, graças à Declaração de Nova Iorque, aprovada em setembro na Assembleia Geral da ONU, e ao multilateralismo que se empenhou na conferência franco-saudita. 

“A Europa foi fundada no valor da vida, mas em Gaza, nos últimos dois anos, esse valor não existiu”, frisou o eurodeputado, reconhecendo tanto o sofrimento dos reféns, aprisionados e assassinados, como dos palestinianos que estão há meses privados de mantimentos e medicamentos.

Para Sebastião Bugalho, por defendermos o direito de Israel a existir não podemos ser “acusados de cumplicidade com genocídio”, da mesma forma que por condenarmos o que se passou em Gaza não poderemos ser “tomados por simpatizantes do terrorismo”. 

“Se não for possível neste parlamento, nesta Europa, não será possível em mais lado nenhum”, concluiu.

Notas aos editores

O Grupo PPE é o maior grupo político no Parlamento Europeu, composto por 188 deputados de todos os Estados Membros

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