“A criatividade e a música devem ser tratadas não como custos, mas como motores da Europa”, defende Hélder Sousa Silva

06.11.2025 12:32

“A criatividade e a música devem ser tratadas não como custos, mas como motores da Europa”, defende Hélder Sousa Silva

Aviso importante

Os pontos de vista aqui expressos são opiniões da delegação nacional e nem sempre reflectem as posições do Grupo parlamentar do PPE

Brunette teengager musician singer girl singing and playing bass guitar in music teleconference with her band friends

“O próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia deve tratar a criatividade e a música não como custos, mas como motores do futuro da Europa”. A ideia foi defendida hoje, em Bruxelas, pelo eurodeputado Hélder Sousa Silva, na abertura do evento STOA “Empoderados pela música na era da inovação”.

O evento juntou cientistas, músicos, académicos, diretores criativos e responsáveis europeus da cultura, que discutiram e partilharam as suas ideias e experiências sobre o papel da música em tempos tecnológicos. Na sessão de abertura, o eurodeputado português, que coorganiza o evento, juntamente com o STOA (European Parliament's Science and Technology Options Assessment), defendeu que “investir na música não é apenas uma política cultural, é uma política económica e estratégica”. E explicou: “A música desenvolve competências, impulsiona as indústrias criativas, estimula a inovação e conecta pessoas além-fronteiras”. Nas suas palavras, o equilíbrio entre a música e a tecnologia corresponde ao equilíbrio entre criatividade e razão, que deve ser alcançado em nome da competitividade da Europa.

O primeiro painel do debate analisou como as novas tecnologias estão a mudar a forma como a música é criada e partilhada, mas também como podem impulsionar a inovação e a imaginação no futuro da Europa. Já no segundo painel, os especialistas centraram-se na forma como a música pode reforçar o sentido de comunidade e identidade da Europa, ajudando-a a projetar os valores e criatividade para o mundo.

Hélder Sousa Silva explicou que, no seu trabalho nas comissões do Orçamento (BUDG) e da Cultura (CULT), observa o alinhamento destas prioridades: “Na CULT, apelamos a um maior apoio aos músicos e criadores, porque são eles que dão voz à Europa; na BUDG, temos de garantir que esta ambição é responsável, realista e virada para o futuro, assegurando que cada euro investido tem um impacto a longo prazo”. Nas palavras do eurodeputado português, “estas duas funções não são contraditórias, mas sim,  complementam-se mutuamente”.

Defendendo que o Orçamento da União Europeia deve refletir esta visão, Hélder Sousa Silva diz não ter dúvidas que “a criatividade e a música não devem ser tratadas como custos, mas como motores do futuro da Europa”. E traça o caminho: “A Europa tem o talento, o conhecimento e a criatividade para liderar a nível mundial, tanto na cultura como na inovação, mas só se trabalharmos em conjunto, entre instituições e comunidades, para tornar esse potencial visível e sustentável”.

Também nesta área, o eurodeputado eleito pelo PSD afirmou que as escolhas que fizermos agora determinarão se a Europa continuará a ser um seguidor ou se se tornará um líder na definição do futuro da criatividade e da inovação, e terminou com o repto aos responsáveis e decisores europeus: “Invistamos na música, nas pessoas e nas ideias que tornam a Europa não só mais forte, mas também mais inspirada”.

Notas aos editores

O Grupo PPE é o maior grupo político no Parlamento Europeu, composto por 188 deputados de todos os Estados Membros

Outro conteúdo relacionado